Blog do Zé Antônio

Jornalista, radialista e apresentador de TV

Homem que abusou e matou Ana Clara é condenado a 26 anos em Araxá

por José Antônio

Postado em 13 de Junho de 2015 às 10:00 hrs


Criminoso foi condenado a 26 anos e seis meses de prisão (Foto: Willian Tardelli/Divulgação)

'Nos padrões do Brasil, pena foi justa, diz advogado da família.

Menina tinha 11 anos quando foi sequestrada, estuprada e morta em 2012.

Após mais de 14 horas de julgamento, nesta sexta-feira (12), Gaspar Alves Caldas de 62 anos, foi condenado a 26 anos e seis meses de prisão por sequestrar, estuprar e matar a menina Ana Clara Cunha da Mata, à época com 11 anos, em Araxá. Ele foi considerado o autor dos crimes de homicídio duplamente qualificado, com as qualificadoras de motivo torpe.

O julgamento que ocorreu  no Plenário do Tribunal do Júri, no Centro da cidade, começou às 8h. Além do pai e mãe de Ana Clara, vários familiares de Belo Horizonte e região metropolitana estiveram presentes. O plenário permaneceu lotado até a sentença do réu. "Em se tratando de um crime contra uma criança, da maneira como ocorreu é de fato chocante e comovente", disse o advogado de defesa da família Robson Merola.

O advogado comemorou  a pena e disse que para os padrões do Brasil, foi justa. O criminoso pegou 15 anos pelo homicídio duplamente qualificado e 11 anos e seis meses pelo estupro. O crime é hediondo e será cumprido em regime fechado. "Ao meu ver foi bem satisfatória diante do que estamos acostumados a ver no Brasil. Contudo, já era esperada a condenação pois a defesa não tinha como tirar a responsabilidade de Gaspar", disse.

Ainda assim Merola contou que o advogado de defesa do réu tentou apresentar provas extralegais na tentativa de absolver o criminoso. "Ele fez o papel dele na defesa. Mas ficou tão perdido que chegou a acusar o pai de Ana Clara. O que é mais uma vez traumático para a família, que tem sofrido tanto com esse crime. No decorrer do julgamento a defesa de Gaspar apresentou uma testemunha que disse ter ouvido a mãe dizer que suspeitava do pai. Mas ficou provado que esse depoimento era falso. Essa testemunha é um amigo de Gaspar, o que ficou claro para o júri", explicou.

Apesar da tentativa de incriminar o pai, o julgamento correu bem. Segundo Merola. "A família ficou de alma lavada. A verdade é essa. Todos muito comovidos e emocionados, mas satisfeitos com o resultado", disse.

A avó da vítima, Conceição da Mata, disse que espera que a sentença seja cumprida. "Feita a justiça da terra, a gente espera que ele permaneça preso para que não faça o que fez com outras pessoas. Porque a minha ele destruiu", disse.

G1

Nenhum comentário disponível até o momento.