Blog do Zé Antônio

Jornalista, radialista e apresentador de TV

Memória esportiva do Rádio

por José Antônio

Postado em 23 de Dezembro de 2013 às 10:00 hrs


Jorge Cury

O mineiro Jorge Cury, irmão do também saudoso cantor Ivon Cury (e de outros irmãos igualmente artistas), pode ser apontado como um dos mais brilhantes narradores esportivos da história do rádio do Brasil, durante os anos 40, 50, 60, 70 e 80.

Jorge Cury morreu no dia 23 de dezembro de 1985, perto de Caxambu (MG), para onde viajava para as festas de Natal e Ano Novo, como sempre fazia. Ele nos deixou vitimado por um acidente automobilístico. Pouco antes do ocorrido, tinha saído a Rádio Globo para fazer parte dos quadros da Rádio Tupi.

Nascido em Caxambu, no dia 25 de fevereiro de 1920, Jorge Cury iniciou a carreira de radialista em 1942, numa pequena emissora na própria cidade. Já no ano seguinte teve a oportunidade de fazer um teste na Rádio Nacional, onde aprovado permaneceu até 1972, quando se transferiu para a Rádio Globo.

Quer na Rádio Globo-AM ou na Rádio Nacional-AM, ambas do Rio de Janeiro, ele dominou o rádio esportivo carioca ao lado de outros notáveis como Oduvaldo Cozzi, Waldir Amaral e Doalcey Bueno de Camargo, dentre tanta gente boa. "Passa de passaaaaaaagem", homenageando Garrincha, foi um de seus bordões mais marcantes.

A "Hora do Pato", grande sucesso no rádio brasileiro, teve o comando deste incrível locutor que chegou a narrar nove copas do mundo.

Flamenguista doente, ele foi homenageado pela diretoria rubro-negra que deu seu nome a uma audioteca localizada na sede da Gávea.

Mas resumindo, com voz tão poderosa e tão nítida, Jorge Cury pode ser definido em uma só palavra: gênio. Sim, Jorge Cury foi um gênio! E que descanse em paz.

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