por G1
Postado em 15 de Novembro de 2024 às 09:00 hrs
Usado como componente em baterias de carregamento ultrarrápido, o nióbio ganhou uma unidade de exploração em Araxá, no Alto Paranaíba. A nova planta, construída pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), é a primeira do mundo em fabricação em volume do ânodo de nióbio, por meio de uma tecnologia chamada XNO.
Com Araxá como principal centro de exploração, o Brasil é o maior produtor de nióbio do planeta
O nióbio é um metal de transição encontrado na natureza em associação com outros elementos e formando compostos minerais, como o pirocloro e a columbita-tantalita. Segundo a CBMM, em sua forma mais pura, o nióbio é macio, dúctil e altamente resistente à corrosão.
Um dos principais usos do nióbio é na aplicação em baterias de carregamento ultrarrápido, como em materiais de íons de lítio. A vantagem do nióbio é a capacidade de lidar melhor com cargas rápidas e de suportar mais ciclos de carga e descarga sem degradar rapidamente. Conforme a CBMM, as baterias com nióbio podem carregar em menos de 10 minutos.
Outros usos do metal incluem a construção civil, a produção de equipamentos médicos, como aparelhos de ressonância magnética, e a fabricação de ligas metálicas usadas em veículos, como carros, motos, ônibus e bicicletas.
Segundo dados do Serviço Geológico Americano, o país se destaca como o principal produtor de nióbio do mundo, contribuindo com quase 90% da produção global e detendo 95% das reservas conhecidas. As reservas mais significativas estão em Minas Gerais, Amazonas, Goiás, Rondônia e Paraíba.
Fora do país, o Canadá e a Austrália também possuem reservas de nióbio e participam do mercado global, mas em escala bem menor que a brasileira