Blog do Zé Antônio

Jornalista, radialista e apresentador de TV

Operação Malebolge

por Marcio Rosa- Portal Imbiara

Postado em 16 de Setembro de 2020 às 09:00 hrs


Com mais de 16 mil páginas de inquérito policial e diversas provas levantadas nas fases da operação “Malebolge”, a Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, nessa segunda-feira (14), as investigações que apuraram um esquema criminoso responsável pelo desvio de R$5.646.551,41 do município de Araxá desde 2015.

Segundo o delegado responsável pela operação, Renato de Alcino Vieira, a ação era realizada através dos sete acusados que, segundo a investigação, compõe uma organização criminosa. “O relatório conta com 49 páginas onde estão os documentos que comprovam os desvios de recursos públicos realizados pela associação criminosa e que juntos com os empresários fizeram os desvios. Apresentamos ao Ministério Público (MP) cerca de 320 documentos que revelam as provas necessárias que os indivíduos participaram desses crimes de desvios”.

Foram indiciados por peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa, a ex-secretária de governo de Araxá Lucimary Ávila e Leovander Ávila, apontados como lideres da organização criminosa, o também ex-servidor Zeceli Campos Ribeiro, além do casal proprietário da empresa de transporte de van investigada, o empresário filho do casal, todos presos provisoriamente, e o outro empresário que foi solto no último sábado (12). Os seis primeiros suspeitos seguem presos preventivamente.

Ainda de acordo com delegado, foram identificadas que havia pagamentos indevidos nos contratos de transporte de vans por meio da ex-secretária de Governo e conforme o avanço das investigações, a Polícia Cicil, utilizando outros segmentos do Estado como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER) e a própria Prefeitura de Araxá, chegou à conclusão de que não houve a execução do contrato apresentado.

“Chegamos à conclusão da não execução do trabalho contratado pelos valores do período avaliado de 13 meses entre 2015 e 2016, onde a empresa contratada recebeu cerca R$ 800 mil e aproximadamente R$ 200 mil foram repassados por um dos integrantes da quadrilha, o que faz a polícia acreditar que o valor foi dividido entre os ex-servidores da Prefeitura investigados e os empresários envolvidos,” acrescentou o delegado.

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