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Surto de malária no Espírito Santo; saiba mais sobre a doença

por Agência Brasil

Postado em 10 de Agosto de 2018 às 04:59 hrs


Leia, a seguir, a entrevista do médico Adeniton Cruzeiro

Agência Brasil: Além dos 112 casos confirmados, há casos em investigação no estado?

Adenilton Cruzeiro: O diagnóstico de malária é muito rápido. Pessoas com febre, mal-estar, fraqueza, náusea e calafrios são submetidas, na residência mesmo, ao teste rápido. A leitura é feita na hora. Em 15 minutos, [caso o resultado seja positivo], já estamos autorizado a iniciar o tratamento. Temos também a gota espessa, um exame para detectar o quantitativo da infecção. Nesse caso, é feita a coleta de uma gota de sangue do dedo do paciente numa lâmina, que é curada e analisada em microscópio. O teste rápido é indicado para pacientes que estão febris, mas, depois, a gota espessa também deve ser processada, porque mostra a quantidade do parasita no sangue e orienta sobre a forma de malária. 

Agência Brasil: Qual a diferença da forma mais grave para a forma mais branda de malária?

Adenilton Cruzeiro: Na malária mais grave, a sintomatologia é mais acentuada. O parasita agride mais o organismo, levando a complicações. Principalmente em grupos de risco, a chance de evoluir para gravidade e para o óbito é maior. 

Agência Brasil: Qual a orientação para a população?

Adenilton Cruzeiro: Estamos orientando a população, e também profissionais de saúde, já que o estado não é considerado endêmico. Os sintomas se confundem muito com os de outras doenças, principalmente arboviroses como dengue e chikungunya, que também apresentam febre, dor de cabeça, mal-estar, náuseas e vômitos. A orientação é que os profissionais fiquem atentos ao atender um paciente com febre oriundo dessa região. Para pacientes, a ordem é, ao primeiro sinal de febre, procurar uma unidade de saúde ou o posto de atendimento mais próximo. Além disso, devem ser adotadas medidas de proteção individual, como o uso de camisa de manga comprida, tela mosquiteiro e repelente. O horário das 17h às 20h, ou seja, o anoitecer, é quando o mosquito mais pica. Durante o dia, ele fica dento da mata, mas, nesse horário, sai para se alimentar. 

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