Blog do Zé Antônio

Jornalista, radialista e apresentador de TV

Ídolos no esporte

por José Antônio

Postado em 12 de Fevereiro de 2009 às 10:00 hrs


Ano: 1.969: Lembro-me de ficar olhando aquele senhor, baixa estatura, óculos com lente grossa, chapéu de palha na cabeça, entrando na Agência do Lazinho (onde hoje é a barbearia do Marçal), na Rua Olegário Maciel para comprar o seu jornal. Era Don José Agnelli, o Milongueiro, treinador do meu querido Araxá Esporte, tão respeitado no mundo esportivo. Infelizmente fiquei sabendo, através dessa matéria, que ele teve um fim de vida triste. Mas, ele vai ficar guardado para sempre na minha memória infantil. Que Deus o tenha em bom lugar.



JOSÉ AGNELLI

José Guillermo Agnelli, técnico argentino que dirigiu a Ferroviária de Araraquara, XV de Jaú, Comercial e principalmente o Botafogo de Ribeirão Preto, morreu na própria Ribeirão Preto aos 86 anos no cemitério Bom Pastor daquela bela cidade do interior de São Paulo, em 1998.

Agnelli, que veio de Buenos Aires no começo dos anos 50 para jogar no Vasco da Gama, defendeu também a Ponte Preta.

Em seguida tornou-se técnico e foi uma espécie de lenda do interior ao lado de Filpo Nuñez, Alfredinho, Wilson Francisco Alves, o Capão, Urubatão Calvo Nunes, Norberto Lopes e Balbino Simões.

O fim de vida de Agnello foi triste e morreu como indigente. Antes, chegou a morar na Casa do Atleta do Pantera em Vila Tibério, em Ribeirão Preto, e na própria sede do Botafogo. Alí, foi-lhe construído um pequeno apartamento nos fundos do estádio Santa Cruz. Mas, no enterro, no dia 12 de maio de 1998, foi preciso que o torcedor botafoguense Jorge Luiz de Almeida comprasse uma caixa de velas, tamanho o descaso do mundo do futebol de Ribeirão para o ex-técnico, relata o próprio Jorge Luiz. Agnelli jaz na urna mortuária número 19003 do cemitério Bom Pastor.

Seu melhor momento foi em 1956 quando fez o Botafogo subir para a primeira divisão do futebol paulista enfrentando o Paulista de Jundiaí, no Parque Antártica.

Ficaram para a história em Ribeirão Preto jogadores como Machado, Sula, Julião, Wilsinho, Dicão, Gil, Moreno, Amorin, Neco (ex-São Paulo), Guina e o próprio José Agnelli, hoje morando no céu.

Veja foto de Agnelli em sua época de treinador


Botafogo de Ribeirão Preto (SP), campeão da Segunda Divisão do Paulistão de 1956. Em pé: Machado, Julião, Fonseca, Digão, Mário e Gil. Agachados: Noca, Moreno, Ponce, Neco e Guina. O técnico (no destaque, acima, à esquerda) era Agnelli.

A torcida botafoguense invadiu as ruas de Ribeirão Preto para comemorar o título da Segunda Divisão estadual em 1956. O Botafogo de Ribeirão bateu o Paulista de Jundiaí na final, disputada na capital paulista, no estádio do Parque Antártica.



1962: o saudoso técnico argentino José Guillermo Agnelli orienta o time do Botafogo de Ribeirão Preto, nos vestiários. Da esquerda para direita estão atentos o goleiro Machado, Tarciso, Tiri, Zuíno, Dicão, Henrique e Antoninho.

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